ORIXÁS

                             A MITOLOGIA AFRICANA 
IEMANJÁ – Odoiá!

Considerada a mãe de todos os Orixás, em outra versão, aqueles que não nasceram dela, foram criados por ela. Está ligada a criação do mundo. Filha de Obatalá (Oxalá), o Céu, e de Odudua, a Terra, seu irmão é Aganju, a Terra Firme. Iemanjá, as Águas, casa-se com seu irmão e de seu ventre nascem todos os Orixás e o mundo está criado. Foi esposa de Ogum, mãe adotiva e mulher de Xangô. Ajudou Oxalá e ganhou o poder sobre o Ori (a cabeça) dos mortais. Representada muitas vezes como uma sereia, habita o mar e todas as águas profundas. Suas cores são o prateado, o branco e o azul claro. Seu número é o 9 e seus símbolos são peixes de prata e um espelho.  É a 

dona da maternidade, do casamento e família e Mamãe Universal. Ela reina nas águas do mar e tudo que está relacionado a ele, peixes, crustáceos, estrelas, algas, vegetais… a Iemanjá pertencem. O habitat deste Orixá é o  mar é lindo, fascinante e belo, porém na maioria das vezes severo e perigoso quando não respeitado ou usufruído da maneira correta, características dela. 

 

OXUM – Ora ieiê ô!

Mulher vaidosa e muito bonita, representa a fertilidade e o amor, foi a esposa preferida de Xangô, filha de Iemanjá e Orunmilá, sua formosura denota uma mulher bela e frágil, mas se engana quem pensa assim, ela consegue tudo o que quer com seu poder de sedução. Habita os rios, representa a água doce e o ouro. Oxum deitou-se com Exu para conhecer os segredos dos Búzios. Sua cor é dourado e amarelo. Seu número é o 5 e seu símbolo é o espelho leque (abebé).  A rainha da água doce, dona dos rios e cachoeiras. Além disso, é vista como deusa do ouro e do jogo de búzios. É a deusa do rio Oxum (ou Osun) que fica no continente africano, mais concretamente no Sudoeste da Nigéria. O arquétipo de Oxum é de uma mulher graciosa e elegante, que tem predileção por joias, perfumes e roupas.

IANSÃ OU OIÁ – Eparrei Oiá!
Esposa mais querida de Xangô, guerreira, tem o domínio sobre os raios, os ventos e as tempestades. É ela quem conduz a alma dos mortos para o outro mundo, por isso é muito importante no culto dos Eguns. Sempre disputada pelos dois irmãos inimigos, Ogum e Xangô, pois é mulher forte e de grande beleza.
 Antes de ser esposa de Xangô para o resto de sua vida, teve muitos amantes, Ogum, Oxaguiã, Exu, Oxossi, Logum Edé, Obaluaê. De cada um deles soube tirar um ensinamento para tornar-se a guerreira invencível que é, e ser admirada pelos olhos de seu marido, Xangô. Usa as mesmas cores que Xangô, o vermelho branco e marrom. Seu número é o 7. Suas filhas são de extremos. Ou amam apaixonadamente ou simplesmente esquecem. Extrovertidas, diretas, guerreiras, não fazem rodeios.  São livres e independentes, não dão nenhuma importância a opinião alheia. Audaciosas, poderosas e autoritárias como ela, não aceitam afrontas e encaram qualquer desafio prontamente. Sua atitude é geralmente brusca e elas tendem a intimidar seus rivais com uma violência verbal que não mede palavras. Nada fica por dizer ou fazer quando um filho de Iansã reage. Se não provocadas, contudo , são portadoras de  um temperamento cordato e tranqüilo.

NANÃ
Nanã, orixá feminino dos pântanos e da morte. Protege idosos e desabrigados. Também dona da chuva e da lama. É mãe de Obaluaiê e junto com ele, dona das doenças cancerígenas. Mais velha orixá do panteão africano. Nanã Buruku – Nanã Buruquê – É  responsável pelos portais de entrada (reencarnação) e saída (desencarne). Em sua passagem pela Terra, foi a primeira e a mais vaidosa, em nome da qual desprezou seu filho primogênito com Oxalá, Omolu, por este ter nascido com várias doenças de pele. Não admitindo cuidar de uma criança assim, acabou abandonando-o numa praia. Iemanjá o achou abandonado, quase morrendo e o curou e o criou como se fosse seu.

XANGÔ – Salve Xangô! Kao Kabiessi!

 Xangô é rei de Oiô, rei que governa com justiça, por isso porta um machado de duas lâminas, o oxé (seu símbolo).  Ele próprio foi um rei guerreiro que conquistou reinos e enriqueceu seu povo. O seu trabalho entre os homens é cobrar de quem deve e premiar a quem merece, agindo sempre com sabedoria, justiça e poder. Teve muitas mulheres, dentre elas Obá, Iansã e Oxum e sua mãe adotiva, Iemanjá. Ensinou os homens a dominar o fogo. Guerreiro e amante da vida, nada teme, a não ser a morte e os eguns, os espíritos dos mortos. Inimigo de Ogum, guerreou com ele em uma pedreira e o derrotou com a ajuda de sua segunda mulher, Iansã, por isso a pedreira é seu elemento. Xangô teve muitos filhos, os quais sempre deixou para Iemanjá cuidar. Ela cuidava com muito carinho e esmero, mas nunca o via, pois ele deixava seus filhos e fugia. Um dia Iemanjá o encontra e casa-se com ele. Usa um colar vermelho e branco, que são as suas cores.

 

OMULU-
 Senhor das Almas, pleno de Sabedoria, vai nos orientando nos diversos passos de nossa caminhada, nos auxiliando nos trajetos difíceis das mudanças que cada um deve enfrentar. É o “Anjo da Morte”, “Senhor da Escuridão”, “Guardião dos Espíritos Caídos” que rege o desencarne e os domínios negativos do astral. Pode-se considerar que uma de suas manifestações mais características, ocorre no momento da morte, em que sua força se condensa em torno do fio de prata que une o espírito ao corpo e o dissolve de forma brusca ou lenta, conforme os desígnios superiores da vida. Cores: amarelo, preto, vermelho, branco

OXÁLA

OXALÁ é o detentor do poder procriador masculino. Todas as suas representações incluem o branco.  OXALÁ é alheio a toda a violência, disputas, brigas, gosta de ordem, da limpeza, da pureza. A sua cor é o branco e o seu dia é a sexta-feira. Os seus filhos devem vestir branco neste dia. Pertencem a OXALÁ os metais e outras substâncias brancas.

OXÓSSI

Oxóssi é o orixá da caça e da fartura, das florestas e das relações entre o reino animal e vegetal. É representado nas florestas caçando com seu arco e flecha. É  a expansão dos limites, enquanto a caça é uma metáfora para o conhecimento, a expansão maior da vida. É ligados ao campo do ensino, da cultura, da arte.
Nas antigas tribos africanas, cabia ao caçador, que era quem penetrava o mundo “de fora”, a mata, trazer tanto a caça quanto as folhas medicinais. Além disso, eram os caçadores que localizavam os locais para onde a tribo poderia futuramente mudar-se, ou fazer uma roça.

OGUM

Ogum é o orixá da guerra, da coragem, o protetor dos templos, das casas, dos caminhos. Ogum precede os outros orixás, vindo logo após Exú, e recebe também parte dos sacrifícios dos outros orixás pois foi quem que forjou o obé (faca usada nos rituais para oferendas de sacrifícios). Era um guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. Dessas expedições, ele trazia sempre um rico espólio e numerosos escravos.


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